domingo, novembro 11, 2007

Desafio

Vou interromper estas férias sabáticas para este desafio proposto pela minha linda filhota!!

Desafio

1) Pegar num livro que esteja à mão.
2) Abri-lo na página 161
3) Procurar a 5ª frase completa.
4) Postá-la no blog.
5) Divulgar o nome e o autor do Livro
6) Passar o desafio a 5 bloggers.
Nota: É proibido ir buscar o melhor livro ou postar a frase mais interessante.

vou responder ao desafio !!!!

"- Ah, mas não, não vai nada ficar encantado."

Hugh Laurie, "O traficante de armas", Caderno.

Desafio os seguintes bloguers:

Hehehe!! Deixem-se estar descansados, e aproveitem para ler, que eu não vou passar o desafio a ninguém!!

quinta-feira, julho 05, 2007

PARABÉNS FILHOTA LINDA!!


Neste teu aniversário, minha filhota mais linda do mundo, neste dia em que completas 11 anos, desejo-te tudo o que de bom a vida te possa dar.

Amo-te meu mundo precioso!!

domingo, junho 24, 2007

O Carácter e o Canudo

Em Portugal existe, como sabemos, a paranóia dos canudos, sendo que esta realidade demonstra-se a diversos níveis.

Eu sou bancário e tenho de, por diversas vezes, fazer atendimento aos clientes. Muitas vezes começam logo a tratar-me por “Dr. João Pinto” e, noutras situações, perguntam-me primeiro “desculpe, o senhor é licenciado?”.

No primeiro exemplo nada posso fazer, pois seria indelicado eu afirmar “desculpe, mas está-me a tratar por Dr por algum motivo especial, ou sou eu que tenho cara de canudo universitário?”. Já no segundo caso, respondo normalmente com um irónico “sim, por acaso sou, tem sorte, hem?”, sendo que, felizmente para a minha estabilidade profissional, a outra parte não atinge a ironia da minha resposta.

É que me irrita profundamente este hábito de valorizar alguém pelo nível académico e não pelo seu real valor como ser humano e capacidades pessoais.

Tal como devemos analisar convenientemente a importância que o nível académico tem na formação pessoal e profissional de um indivíduo.

E eu, sinceramente, já cheguei há muito tempo à conclusão que ninguém se torna num ser humano melhor a qualquer nível, seja em termos de personalidade, feitio ou consciência cívica e pessoal, só porque tem um elevado nível de estudos.

Pode ter mais conhecimentos de determinadas áreas, pode ser alguém com uma cultura geral vastíssima, um excelente profissional no seu ofício, mas continuará a ser um péssimo ser humano, independentemente de ter um curso, doutoramento ou, simplesmente, o 9º ano, se tal for o seu carácter.

Os motivos para tal acontecer são vastíssimos, mas prendem-se com toda a formação pessoal que temos desde que nascemos, da família, dos amigos, dos conhecidos, do meio social em que no inserimos, e da escola também, mas no início. Para mim, o 1º ciclo é fundamental para a formação das crianças, devendo residir aí o grande investimento da escola no desenvolvimento de melhores cidadãos no futuro.

Conheço muitas pessoas que concluíram um curso superior que são e continuarão a ser seres humanos reles e maldosos, tal como conheço imensas pessoas que, com uma baixa frequência académica, são excelentes pessoas e seres humanos bondosos e bem formados. Tal como acontece o contrário: o que defendo é que o carácter das pessoas não está intimamente ligado ao seu nível académico ou profissional.

Aprender a valorizar as pessoas pelo seu carácter e não pelo que elas atingiram profissionalmente ou academicamente, ajuda também a fazer um mundo melhor.

quarta-feira, junho 13, 2007

GUIA PARA OS SANTOS - GPS

É noite de Santo António em Lisboa, o que equivale a descrever o ambiente da capital deste pequeno país como estando envolvido num clima de festa pela noite dentro, com multidões de peregrinos noctívagos a percorrem as mais recônditas ruelas de Lisboa com uma sardinha assada numa mão e um copo de tinto na outra.

Todavia, o leitor incauto que desconheça a realidade dos santos populares dos alfacinhas e que deseje deslocar-se a Lisboa para uma noite de diversão, pode deparar-se com problemas, derivado da sua inata ignorância.

Bocas Amargas, sempre atento às necessidades dos leitores, apresenta o Grande Guia da Noite dos Santos Populares, ou, abreviadamente, o GPS (Guia Para os Santos).

De modo a facilitar a compreensão deste guia, vamos seguir o percurso simulado de dois jovens casais que resolveram abandonar as suas belas vivendas geminadas numa urbanização moderna nos arredores do Bombarral para saborearem a festa da Capital.

Entram na cidade enfiados no Fiat Punto vermelho adquirido ao primo vendedor de automóveis, com o seu auto rádio em volume apreciável a debitar canções de cariz intelectual de artistas como Quim Barreiros e Tony Carreira.

Já que estão na capital, resolvem aumentar o nível musical e colocam o cd dos êxitos musicais do Agrupamento Musical Diapasão, para a malta cá de Lisboa não os acusar de serem uns bimbos de primeira, até que se deparam com o primeiro problema:


1 – CHEGADA E ESTACIONAMENTO

A noite de Santo António passa obrigatoriamente pelos bairros populares lisboetas, que se situam mais junto ao Tejo (Castelo, Alfama, Bica, Bairro Alto etc), em ruelas estreitas e largos desmesuradamente inclinados (pelo menos no final da noite são). Desta forma, recomendamos que os nossos estimados casais estacionem o carro bem longe do centro da agitação. Um local recomendado poderá ser o parque de estacionamento do Campo Grande, que dista apenas 7 quilómetros dos bairros típicos.

Depois de arrumar o carro, não se esqueçam de tirar o painel frontal forrado a alumínio do rádio, a antena e ligar os 256 alarmes e medidas de segurança que povoam o bólide, porque isto de ter um Fiat Punto com 4 anos, ainda por cima com tampões embelezadores nas rodas e uns aleirons laterais chama os ladrões das redondezas (e os de carros também, claro!!)

Os rapazes sacam do belo blusão de cabedal comprado numa ida a Ceuta com o pessoal da Casa do Povo, enquanto as jovens colocam o seu casado branco por cima do vestido azul marinho, enquanto dão os últimos retoques na maquilhagem e calçam a bela sandália branca com enfeites em forma de elefantes roxos com salto de 5 cm (boa ideia, até porque não vão ter de andar nada!!)

Apanham o metro até ao Marquês de Pombal e depois mudam para a linha que os transportará até aos Restauradores. Não se preocupem se por acaso só conseguirem entrar no comboio à 30ª tentativa, porque é normal neste dia.


2 – AS MARCHAS DOS SANTOS POPULARES

O acontecimento mais mediático da grande noite do Santo António são as Marchas que desfilam pela Avenida da Liberdade abaixo.

É fácil de reconhecer o local. Trata-se de uma larga avenida que, neste dia, está encerrada ao trânsito, e por onde passam diversos agrupamentos de jovens e menos jovens a cantar exactamente a mesma porcaria de melodia vezes sem conta com letras rascas e repetidas sobre a vida maravilhosa de bairros lisboetas reconhecidos pela sua qualidade urbanística, limpeza, organização e elevação social económica e cultural como a Bica, o Bairro Alto e a Madragoa.

Nas laterais dos desfiles estão presentes, na bancada de honra, altos dignitários estatais e municipais que, nesta altura, estão arrependidos da carreira política escolhida, e, pela avenida inteira, aquilo que se designa por povo, o que equivale a dizer que se trata de cidadãos portugueses que não têm mais nada de interessante para fazer num dia à noite do que ir para o meio da rua aplaudir a grande marcha de Campo de Ourique apadrinhada pelo João Baião.


3 – OS ARRAIAIS

Quando acabam as marchas começa a debandada para os locais dos arraiais. E os dois jovens casais perguntam-se, o que são e como são os arraiais lisboetas?

A resposta é simples: Todo e qualquer espaço público com uma área superior a 20 M2 com duas mesas, um tipo a tocar órgão e a cantar os últimos êxitos do verão de 1937, diversas miúdas a dançarem umas com as outras sob o olhar libidinoso de jovens com brinco na orelha, enfeites espalhados pelo ar e um fogareiro para as sardinhas e os pimentos pode ser considerado um arraial.

Portanto, caros jovens, a partir deste momento, basta conseguirem perfurar através das 1.989.545 pessoas que se encontram à vossa frente a subir a rua em direcção ao Castelo de São Jorge, passearem pelas ruas tipicamente estreitas dos bairros lisboetas onde alguns casais já aviadinhos de tinto carrascão aproveitam para verificar da estabilidade sísmica das paredes das casas antigas, para percorrem os diversos arraiais lisboetas.

Não se esqueçam que o tempo de espera médio para se ser aviado nestes locais ronda os 45 minutos; que em 3 sardinhas, 2 estão imprestáveis; o pão foi cortado por uma faca que já caiu ao chão 30 vezes e o vinho e a sangria são servidos pela mesma mão que esteve a limpar as mesas sebosas. A ASAE, digamos assim, que não frequenta muito os Arraiais!!

Atenção, este ano a polícia já avisou que vai fazer testes ao grau de alcoolémia de quem se encontrar em aparente estado de embriaguez nos Santos Populares.

Não se preocupem com esta informação. Primeiro, porque os que destoam da multidão são os que não bebem, logo aqueles que parece que se estão a comportar de uma maneira estranha e, portanto, chamados a fazer o teste. Segundo porque os próprios polícias, por volta das duas da matina, já estão também a recitar sonetos aos candeeiros!

Portanto, depois de gastarem o ordenado mensal da obtidos na lavoura lá da vila em 5 sardinhas e 15 copos de vinho tinto, os nossos casais estão prontos para a emocionante viagem de regresso ao Campo Grande, onde descansa o bólide Fiat Punto 1.2 (com embelezadores de rodas prateados, claro!!)


4 – O REGRESSO

Já bem comidos e com um pifo desgraçado a corroer os seus cérebros, os nossos casais têm de regressar ao carro. Como são 4.30 da madrugada não existem transportes públicos disponíveis e os táxis estão cheios.

Portanto a única alternativa é fazer uma saudável e vigorosa caminhada até ao Campo Grande! 7 quilómetros em ziguezague constante, paragens para aliviar a bexiga no poste mais perto (homens) ou no arbusto mais recôndito (mulheres), e apalpões intensos nas nádegas da raparigas.

É plenamente normal que as senhoras tenham tendência para tirar aquelas sandálias com os tais saltos de 5 cm, carregando-as nas mãos enquanto amaldiçoam a vida pelo transtorno que estão a passar e pisam toda a porcaria que se encontra espalhada pelo passeio. Por esta altura também é natural que iniciem um complexo ritual de aproximação ao macho no sentido de este demonstrar a sua masculinidade através do transporte da referida fêmea nos 5 quilómetros que ainda os separam da viatura. O problema é que, neste momento, a única forma de demonstração de força que os rapazes conhecem é a medição do tamanho do repuxo da urina enquanto vertem águas, e o esforço para arrotar o refrão do “bacalhau quer alho”.

Chegados ao carro, os casais demoram cerca de meia hora para conseguirem entrar, derivado do elevado estado de embriaguez, que impulsiona os jovens machos, possuídos por diversas hormonas em avançado grau alcoólico, para o banco de trás do carro, enquanto as donzelas debatem-se ferozmente contra os seus avanços com pancadinhas secas no peito dos jovens e gritinhos histéricos de “estás é bêbado, sou uma mulher de respeito, pensas que sou a galdéria com que tu andaste antes de mim??”.

Perante a falta de resultados dos seus avanços, os rapazes lá se sentam e o condutor, depois de demorar 10 minutos para encontrar a ignição, avança com o carro pela A8, à velocidade vertiginosa de 140 km enquanto grita para o pendura “Estás a ver, isto é que é andar!!”

Bem, espero que este pequeno guia da noite dos Santos seja útil para todos os leitores que não estão devidamente familiarizados com as festas alfacinhas e proporcione momentos de diversão a todos.

Bons Santos populares e…………………… Muito guronsan!!

domingo, junho 10, 2007

TODAS AS VERDADES SOBRE HOMENS E MULHERES QUE NUNCA FORAM CONTADAS (bem, pelo menos por mim!!) - Parte II

Devo reconhecer que, apesar de membro orgulhoso do sexo masculino, tenho a noção perfeita que as Mulheres detêm todas as potencialidades para comandar o mundo, quiçá o universo.

São inteligentes, geralmente mais aplicadas do que os Homens desde tenra idade (Desde a primeira classe que existiu sempre UMA melhor da turma), atingem níveis de maturidade muito interessantes enquanto nós passamos a vida a grunhir sobre os cromos de futebol e a problemática dos novos modelos automóveis e, por mais que tentemos disfarçar, são possuidoras de atributos físicos (pelo menos a maior parte!) que congelam os nossos neurónios, deixando-nos no estado catatónico de quem sofreu uma dupla lobotomia.

Então, o que falta ao sexo feminino para se tornar numa tribo universal de Amazonas a comandar os destinos do nosso planeta??

A resposta é simples: Falta-lhes união!

Elas, enquanto grupo, canibalizam-se, mutilam-se ferozmente com requintes de sadismo impensáveis, esgotando todas as suas energias nestes rituais antropófagos, de tal forma que escasseiam as forças para dinamitar convenientemente o sexo oposto (felizmente, digo eu!!).

Neste momento, imagino que as estimadas leitoras estejam a coleccionar epítetos menos abonatórios contra mim, enquanto os meus fiéis camaradas agitam a cabeça em tom de aprovação.

Para dissipar definitivamente qualquer dúvida em relação a esta realidade, vou passar a expor dois exemplos reveladores.

A) NO TRABALHO

Até hoje, todas as mulheres que eu conheci afirmaram-me peremptoriamente: “prefiro mil vezes trabalhar com homens do que com mulheres”.

Já o contrário, sinceramente, nunca ouvi!

Não é que os homens não aprecem desenvolver uma actividade laboral junto de mulheres, principalmente se estas tiverem os mínimos olímpicos em termos de beleza e abertura de espírito e sentido e humor suficiente para lidar com os ditos espirituosos dos homens.

Mas todos nós, elementos do sexo masculino, temos necessidade de trabalhar com outros da nossa espécie, de modo a filosofar sobre as últimas incidências da Liga de Futebol, partilharmos os nossos pensamentos sobre a boazona que trabalha na loja de decorações que abriu na rua ou deleitarmo-nos com as renhidas competições, na copa ou à entrada da casa de banho, que envolvem os mais rebuscados sons que o corpo humanos consegue produzir.

E as mulheres?

Bem, elas divertem-se a dinamitarem-se umas às outras!!

Por exemplo, se 6 mulheres e dois homens trabalharem juntos poder-se-ia afirmar que os homens estavam totalmente subjugados ao poder do belo sexo!

Mas não!!

Uma delas arranja-se mais e melhor do que a maioria: é uma convencida! Outra possui a fama de ter uma vida sexual mais activa do que os coelhos: é uma vaca! A terceira só sabe falar dos últimos números da revista “Burda”: É uma sonsa! A quarta é filha de pais abastados da zona de Cascais: É uma betinha insuportável! Outra é oriunda da Damaia de baixo e adora Tony Carreira: É uma bimba! A sexta tem problemas de peso que a transformam numa réplica do “Buda”: É uma Gorda!!

Desta forma, juntam-se permanentemente cinco mulheres a tecer considerações negativas sobre a sexta que obviamente não se encontra presente, sendo que esta estará inserida no grupo de cinco quando estiverem a comentar sobre outra qualquer que entretanto tenha abandonado a conversa.

Enquanto isso, os dois homens discutem sobre o penalti roubado ao Benfica, sobre as últimas aquisições tecnológicas ou sobre o facto de estarem sempre cinco mulheres juntas a passarem segredos umas às outras enquanto soltam gritinhos histéricos conjugados com frases como “eu já te tinha dito”; “não querendo falar mal de ninguém” ou “não, a sério?? Nunca pensei, mas agora que contas eu um dia também…….”.

Portanto, para estes dois homens prosseguirem a sua vivência em total tranquilidade, basta agirem normalmente, pois o grupo das mulheres trata naturalmente da sua auto-destruição!

B) NUM GRUPO DE AMIGOS

Não querendo por em causa o grau de amizade que uma mulher possa ter por outra, a realidade é que o comportamento das mulheres num grupo de amizade revela também o seu lado autofágico.

Raramente ouvimos um homem criticar um amigo de uma forma gratuita. Tem de existir um facto ou uma razão suficientemente forte para tal acontecer, tipo “Pois, tens razão Susana, o António não se portou lá muito condignamente ontem à noite! Ele talvez tenha exagerado um bocadinho de nada ao despir-se na pista de dança da discoteca e ao entrelaçar-se na empregada boazona que estava a passar, mas ele não fez por mal, bebeu um bocado mais do que o costume e estava divertido, vá lá, não fiques muito chateada com ele, também não é caso para isso”. O António chega e logo o seu amigo segreda-lhe “é pá tem cuidado que ela está toda lixada!”

As mulheres são mais do género: “Tu não viste, Susana, hã?? Não viste que ela sabia perfeitamente que eu ia levar aquele vestido lindíssimo que comprei o outro dia e foi vestir um muito parecido?? Não lhe perdoo! Só para se armar, é incrível, nunca esperei isto da Cristina! Que ela é um bocado tonta da cabeça e tem a mania que é a maior, eu já sabia, mas isto é demais!!” Nisto entra a Cristina e ambas cumprimentam-se radiantemente enquanto comentam as indumentárias que envergam, enquanto Susana delira interiormente com a cena que presencia.

Tal como no exemplo anterior, elas devoram-se umas às outras, silenciosamente, enquanto nós, Homens, permanecemos impávidos e serenos perante este grandioso espectáculo.

E, sinceramente, espero que estas minhas palavras não sirvam de incentivo para que vocês, elementos do belo sexo, modifiquem os vossos comportamentos, pois tudo isto que foi referido faz parte do ténue equilíbrio da natureza que, como sabemos, não deve ser destruído de ânimo leve!!