quinta-feira, abril 19, 2007

TODAS AS VERDADES SOBRE HOMENS E MULHERES QUE NUNCA FORAM CONTADAS (bem, pelo menos por mim!!) - Parte I

OS SENTIDOS

OLFACTO

A
– Toda e qualquer mulher consegue decifrar a uma distância considerável a composição química de todo e qualquer perfume ou odor corporal genericamente diferente do seu, servindo tal característica para colocar à prova a nossa capacidade de audição.
- Os homens, por norma, conseguem decifrar à distância a diferença entre uma boa bifana e imperial e a porta de casa. Tal capacidade origina que a mulher coloque à prova a capacidade de audição dos homens.

CONCLUSÃO: O nariz está intimamente ligado aos ouvidos, daí estarem juntos na mesma especialidade médica.

VISÃO
A
- As mulheres vêem o preço de uma camisa de marca e pensam: “Só 75 €??”
- Os homens perante a mesma realidade pensam: “Dasss, 75 €??”

B
- As mulheres vêem um homem giro na rua, tecem-lhe elogios audíveis ao pé do namorado/marido e se eles se chateiam levantam a voz e partem-lhes a cabeça.
-Os homens miram uma mulher gira, tecem-lhe elogios audíveis ao pé da namorada/mulher e elas levantam a mala e partem-lhes a cabeça.

Conclusão: Para realidades semelhantes, reacções diferentes com destinos iguais. As diferenças entre sexos turvam a visão

AUDIÇÃO
A
- Quando as mulheres casadas organizam um encontro com as amigas na sua casa ouvem a música baixo para poderem falar alto.
- Quando os homens casados organizam um encontro com os amigos na sua casa ouvem a música alto para poderem falar baixo.

B
- Numa discussão as mulheres activam a audição selectiva para ouvirem somente o que lhes interessa
- Numa discussão os homens activam a audição selectiva para falarem somente sobre o que lhes interessa.

Conclusão: Se saber ouvir é uma virtude, ouvir sem saber é uma questão de oportunidade

PALADAR

A
- Para uma esmagadora maioria das mulheres as sogras cozinham com defeitos
- Para uma esmagadora maioria dos homens as sogras têm defeitos, mas cozinham.

B
- Por norma, as mulheres gostam de pratos grandes com diversas doses pequenas
- Os homens gostam de pratos pequenos com diversas doses grandes.

Conclusão: Quanto maior o prato menor a dose. A mesma regra aplica-se ao órgão sexual dos halterofilistas consumidores de esteróides anabolizantes.

TACTO

A
- As mulheres tomam banho com a temperatura da água mortalmente próxima do ponto de fusão do urânio. Miraculosamente acabam de tomar banho sem sofrerem queimaduras visíveis, com um sorriso de satisfação nos lábios.
- Os homens são convidados pelas mulheres para entrarem num romântico jogo erótico no banho. De imediato são fustigados com a água que vem do chuveiro a 396 graus celsius e soltam a totalidade do calão que apreenderam durante a sua existência, enquanto tentam fugir desesperadamente da banheira de modo a tentarem entrar no congelador vertical da habitação.

B
- Para as mulheres, no local de trabalho, o ar condicionado é o seu maior inimigo.
- Para os homens, no local de trabalho, as mulheres são o pior inimigo do ar condicionado.

Conclusão: O termóstato humano varia conforme os sexos: Nas mulheres está avariado, nos homens está descalibrado

domingo, abril 08, 2007

Vamos ao Cabeleireiro!!

Retomando a temática do post anterior, a partir de determinada altura desisti dos barbeiros e arrisquei uma primeira incursão pelos “cabeleireiros”, sendo que imediatamente percebi que todos eles partilham o mesmo sobrenome: “unisexo”!!

Desta forma, pensei que só trabalhavam elementos de um único sexo, realidade que me pareceu válida quando examinei o interior do estabelecimento pela montra.

Com o peito cheio e a barriga encolhida, entrei decidido a deixar o meu couro cabeludo entregue nas mãos de uma profissional do belo sexo, imaginando-me já sentado no cadeirão suavemente decorado com uns berrantes tons laranja e verde a ser rodeado de atenções e mimos estilísticos.

Uma senhora quarentona com vestígios de base suficiente para camuflar o Empire State Building encarregou-se diligentemente de me retirar o casaco e sentar-me numa suave cadeira para lavar a cabeça, num ambiente semelhante a um retiro espiritual no Tibete. Logo surgiu uma jovem com o cabelo apanhado que, depois de me vestir o equivalente a uma toga de advogado, recostou a minha cabeça de encontro à bacia, colocando a água a correr.

Foi nesta altura que percebi da pior maneira que este passo obedece a uma ordem natural da lavagem da cabeça nos cabeleireiros:

1 – A vítima incauta ouve a água a correr

2 – A água é apontada para o couro cabeludo do cliente

3 – O cliente apercebe-se nessa altura que a água está numa temperatura suficiente para escalfar um ovo em dois segundos

4 – O cliente dá um pulo na cadeira enquanto abafa um “dassssssss”

5 – A jovem lavadora pergunta inocentemente: “está muito quente???” e imediatamente diminui a temperatura do líquido sem esperar pela resposta óbvia da vítima

6 – De seguida afirma com convicção: “está melhor não está????”

7 – O cliente esboça um sorriso forçado afirmando “está melhor, obrigado” enquanto experimenta a sensação de alívio equivalente a ser retirado de um balde para depenar galinhas, concentrando-se para não explodir numa afirmação mais contundente e que envolvia metade da família da lavadora, bem como considerações menos abonatórias sobre a actividade sexual retribuída da jovem empregada!

De seguida, fui conduzido para um cadeirão de fazer inveja ao chefe lá do escritório, onde me sentei com atenções dignas de um monarca. Sim, porque em qualquer cabeleireiro a zona da lavagem da cabeça está separada pelo menos uns dez metros da zona do corte e arranjo do cabelo, o que nos obriga a levar a cabeça embrulhada numa toalha, qual Cármen Miranda de trazer por casa, para evitar deixar um rasto de pingos pelo soalho do brilhante salão.

Neste ponto, pude visualizar amplamente o salão, pelo que posso tecer algumas considerações que considero pertinentes sobre estes espaços comerciais:

- As clientes são sempre “meninas”, nem que tenham 150 anos e desloquem-se com a ajuda de uma cadeira de rodas motorizada, botija de oxigénio e um desfibrilhador de emergência.

- É usual ver-se uma “menina” com as mãos espetadas em direcção a um horizonte imaginário, enquanto uma jovem sentada num banco de criança enverniza as suas unhas e lhe pergunta por metade da família e pelos gostos televisivos recentes.

- Existem turbinas de avião colocadas na vertical, onde as senhoras de diversa idade colocam as suas cabeças, enquanto tentam ler revistas de mexericos. Sinceramente, a utilidade de tais utensílios ainda não me foi convenientemente explicada, pelo que só posso dizer que aquilo parece uma reunião de elementos dos narcóticos anónimos em plena experiência alucinogénea num hangar do aeroporto da Portela.

- As empregadas tentam desesperadamente falar mal da cliente anterior, caso esta seja conhecida da actual, mantendo esta cadência ao longo do dia.

De qualquer forma, confortavelmente instalado no meu poiso, aguardei a chegada de uma musa inspiradora com a tesoura na mão (o que obriga a evitar qualquer piada de cariz sexual, caso desejemos manter o nosso pescoço em bom estado).

Estava eu embrenhado nos meus pensamentos lascivos sobre o universo das cabeleireiras quando um ser bamboleante, cabelo eriçado, voz esganiçada e com evidentes problemas motores nos pulsos para segurar as mãos num ponto de equilíbrio horizontal se aproximou de mim e disse num tom arrastado, enquanto colocava as mãos nos meus ombros e iniciava uma busca incessante pelo meu cabelo, como se estivesse a procurar uma pepita de ouro: “Olllláááááá, Booooaaaa taaarrrddee, sou o Joooorrrgggeeee! Enttãããoooo, cooooommmoooo deeeesssejjjjaaa o caaabbbeeello??”

Devo reconhecer que o ligeiro pulo que dei no cadeirão, juntamente com o meu olhar embasbacado, enquanto simultaneamente procurava a saída de emergência mais próxima (ou um taco de basebol em alternativa), não foi a melhor reacção que se pode ter numa situação destas, mas tentei manter uma pose de naturalidade na resposta: “haa, hummm, haaa! Bem, então quando é que a senhora vem para me cortar o cabelo??? É você que lhe vai dar as minhas indicações??? Cof cof cof!!”

Todavia o Joooorrrggggeeee é que era o cabeleireiro, facto que constatei de imediato pelo manuseamento que efectuou com a tesoura e o pente, e julgo que, apesar da minha reacção nervosa, manteve um atendimento profissional e competente. Claro que uma alma mais negativista poderá ver alguma tentativa de vingança da parte do cabeleireiro nos dois golpes no pescoço e o ligeiro corte na orelha que originou uma deslocação de urgência ao hospital, mas não vamos dar importância de maior a incidentes que podem ocorrer em qualquer profissão!!

Verifiquei ainda, no decorrer da minha aventura no cabeleireiro que, ao contrário do que é normal nos barbeiros, o nosso cabelo é lavado novamente depois do corte, para de seguida ser secado e penteado, sendo que, no fim, colocam um gel pastoso, de modo a originar um penteado tão natural como a comida do Macdonalds!! (Ponto importante: Evitar por todas as formas qualquer contacto com amigos depois de sair do cabeleireiro, caso contrário será inapelavelmente gozado até ao fim dos seus dias!!).

O último acto cerimonial do cabeleireiro é a vistoria efectuada pelo espelho de mão, onde o(a) profissional percorre, num travelling emocionado, o nosso couro cabeludo de diversos pontos e ângulos, de modo a que o cliente possa dar a sua opinião.

Devo reconhecer que um dia hei-de arranjar coragem para afirmar com convicção:

“ Não, não gosto, está horrível, péssimo mesmo, quero o meu cabelo de volta!!”.

domingo, abril 01, 2007

Diário da vida de um Estádio

Amanhã, Domingo dia 1 de Abril, irá decorrer o clássico Benfica (SLB; SLB; SLB;) – Porto (buuuuu!! Ladrões, gatunos buuuu) que vou ter oportunidade de assistir em plena Catedral (para os mais desatentos, estou a falar do local de culto de milhões de pessoas).

Os dias em que decorrem os clássicos na Catedral (Clássicos: Jogos onde o Benfica recebe os clubes mais fortes do grupo dos fracos) são fartos em emoções, amizade e convívio.

Para todos aqueles que ainda não tiveram oportunidade de visionar um jogo no estádio do Glorioso (sim, porque não vamos comparar a Catedral e certas capelinhas provincianas que existem, por exemplo, para os lados de Alvalade!) vou tentar descrever esse dia maravilhoso:

- De manhã o estádio organiza-se para receber os espectadores. A polícia monta o que denominam de “complexo dispositivo de segurança” para evitar problemas no “interior do recinto”. Por volta das 13.00 irão ser difundidas, nos diversos canais nacionais, entrevistas com a loura e competente Comissária Cruz (que, como sabemos, trabalha 24 sobre 24 horas)

- Também durante o período matutino começam a chegar magotes de autocarros provenientes dos mais diversos pontos do país, normalmente com cartazes tipo “Casa do Benfica de Vinhais”, onde o consumo de vinho tinto, salsichões e pão de centeio atinge níveis impensáveis.
Estacionam por norma junto ao Colombo, para onde os seus ocupantes vão ocupar as horas livres até ao jogo, tirando animadas fotografias em grupo junto à entrada principal do Centro Comercial para roer de inveja os amigos da terra. É normal visualizar diversos grupos a olhar para o tecto e de boca aberta a comentar “xajus, ixto é memo grande!! Inda dixiam que a igreija lá da terra era grande!!”.

- A partir da hora de almoço inicia-se a peregrinação até à Luz, sendo que por esta altura ainda são visíveis múltiplos farnéis espalhados pelos passeios adjacentes ao estádio. O cheiro a vinho tinto é de tal maneira intenso que, por vezes, a PSP necessita de utilizar máscaras especiais anti-alcool (excepto alguns elementos que aproveitam para se embebedar de borla!!).

As barracas de comes e bebes estão estrategicamente instaladas nos acessos ao recinto, munidas de vastos stocks de febras, entremeadas, couratos e barris de cerveja que transformam a bacia do Alqueva num alguidar caseiro. Desta forma, com o avançar das horas, estes locais transformam-se na maior atracção dos futuros espectadores que aproveitam para beber cerveja com álcool, visto que no interior do estádio tal não é possível.
Derivado dessa proibição, o pessoal aproveita para se embebedar de uma forma mais permanente no exterior (de modo a durar até ao fim do jogo, contando com o tempo de saída do estádio e deslocação até às barracas), pelo que os 100 metros que separam as roullotes da Catedral transformam-se numa experiência visual única para os seus frequentadores, visto que a emoção de visionar três estádios, ainda por cima sobrepostos, é marcante para qualquer benfiquista.


- Depois de devidamente abastecidos de febras e entremeadas e alguns litros de Super-bock, o pessoal avança em direcção ao estádio (aqueles que ainda vêem o caminho amparam os restantes), entrando no mesmo com um sentimento único de admiração pelo espaço, emoção pelo aproximar da hora de início do jogo e necessidade de encontrar o mais depressa possível a casa de banho mais próxima



- Comodamente instalados nas suas cadeiras, os benfiquistas aproveitam para tirar fotos ao estádio, comentar os acontecimentos desportivos com o vizinho do lado e procurar a casa de banho mais próxima, porque durante o jogo, nem que a bexiga expluda, não arredam pé do seu local.

- Quando entra a claque do Porto um coro de assobios invade o estádio, situação que só é suplantada pela entrada da equipa de futebol dos dragões para o aquecimento e, nomeadamente, da equipa de arbitragem. Derivado da proibição de relatar as imprecações contra o pessoal do Norte, posso dizer que os assobios são acompanhados por ligeiros elogios às mães dos rapazes da invicta, decorações festivas às suas faces através da utilização do órgão sexual e pedidos ao pessoal do Porto que realize penetrações pelo traseiro com objectos afiados (entre outras pérolas).

- Quando o jogo começar, irá reparar que uma boa parte do pessoal fala da equipa do Benfica recorrendo a certos lugares comuns, e que vou tentar explanar, dividindo-a por sectores de jogo:
Assobiar o Moretto, ignorar o Quim e apludir loucamente o Moreira, nem que ele esteja lá para apanhar bolas.
O Luisão, David Luís e o Leo são intocáveis (diria que quase deuses), nem que façam porcaria o jogo todo, enquanto que o Nelson irá ter sempre a desculpa de que está a “crescer como jogador” nem que tenha 40 anos.
O Petit deve ser sempre encorajado a partir os perónios e os metatarsos dos adversários, o Katsouranis é uma “grande aquisição, sacana do grego é mesmo bom” e o Karagounis um “ganda maluco”.
O Nuno Gomes é uma “menina” ou “Amélia”, marque ou não 5 golos e o Miccolli é “o maior” mesmo que meça 1,50 e esteja no campo a snifar as linhas de jogo.
O Simão, bem, em relação ao Simão só pergunto: mas alguém questiona Deus??

- Uma característica comum a todo o estádio é que, se o Benfica não fizer uma exibição perfeita (para quem não sabe, tal significa que o glorioso marcou mais 15 golos do que o adversário) é a ocorrência de críticas abundantes em relação aos jogadores. Por exemplo:
“Este gajo, não presta para nada!! Só querem é ganhar dinheiro e não correm; que vergonha, até um puto dos juniores faria melhor; Ó Fernando Santos, tira é esse gajo do campo; Ganda Amélia que tu me saíste!!; Vai chutar assim para a Meretriz que te deu à luz (mais uma vez a impossibilidade de escrever injúrias), etc.”
No entanto, o(s) mesmo(s) jogadore(s) alvos de este tipo de atenções transformam-se em deuses do Olimpo caso contribuam para um golo e/ou vitória do Benfica:
“És o maior pá!!; Sempre acreditei em ti; vê-se logo que és benfiquista desde pequenino!!”

- Depois do jogo, existem duas situações possíveis: Ou o Benfica ganha e a malta vai comemorar para as barracas e beber até cair; ou o Benfica perde e a malta vai chorar para as barracas e beber até cair. Em caso de empate o melhor mesmo é ir até às barracas para beber até cair.

- Quando esgotar a cerveja ou fecharem as barracas (o que acontecer primeiro), o pessoal começa a ir para casa, deslocando-se para os seus automóveis estacionados em 15ª fila ou recorrendo aos transportes públicos disponibilizados (caso consigam dar com eles).

- O pessoal que chegou de autocarro desloca-se até ao mesmo, aproveitando para comer mais uns enchidos e engolir alguns litros de vinho tinto dos garrafões de puro palheto que deixaram aconchegados nos seus lugares. É de referir que o motorista tem cuidados especiais em utilizar uma máscara de protecção para evitar embebedar-se com o cheiro que paira no ar e que o nível de gases que se acumula nestas viagens faz com que seja proibido acender isqueiros ou outras formas de combustão.

- Por volta da meia noite o estádio está calmo e tranquilo, à excepção de alguns chefes de família que confundem o Media Market com a estação do Metro e outros que tentam desesperadamente saber se as bocas de incêndio transportam cerveja nas suas canalizações.

Desta forma, espero que este texto contribua para um melhor esclarecimento sobre a realidade desportiva nacional e………………….. VIVA O BENFICA!!!!