quinta-feira, maio 03, 2007

Prismas!!

Estive a jogar ao “stop” com a minha filha, jogo notável que desenvolve a inteligência e cuja utilidade como factor de entretenimento nas baldas às aulas foi por mim apercebida desde muito cedo! (Maria, se por acaso visitares o blog do pai esta parte foi totalmente inventada por mim!)

Como sabem, o jogo consiste na utilização de uma folha de papel onde se inscreve um quadro com diversos itens (nomes; animais; objectos; cores; marcas; países e profissões), que tem de ser preenchido com recurso a palavras começadas por determinada letra. Para a sua escolha, um dos jogadores grita a letra “A”, para e imediato ditar mentalmente o alfabeto, até que um outro grita “stop”. A letra que estiver a ser pensada nessa altura pelo jogador é a escolhida para jogar.

Poderia neste momento tecer elevados elogios à cultura geral que a minha filha orgulhosamente exibe com os seus quase 11 anos, bem como salientar que é uma adversária à altura, mas o que verdadeiramente me impressionou foi a sua capacidade para discernir nomes de cores nunca antes por mim imaginados.

E isto, meus caros leitores, é um factor primário de distinção entre homens e mulheres.

Durante o jogo consegui acertar com facilidade nas seguintes cores:
Amarelo; vermelho; encarnado (ok, dependia da letra em jogo!!); verde; azul; laranja (admito que me lembrei da selecção holandesa e do filme do Kubrick); branco e preto. Já o castanho não foi por mim atingido com facilidade, tendo sido até o resultado de uma dúvida existencial que a Maria me colocou.

Mas a minha filha não!! Para além das que nomeie, acrescentou:
- Rosa; Beje; bordeux; Jade; Marrom; e Fúcsia!!

Sim, meus amigos, Fúcsia é uma cor!! Não é um modelo dos anos 60 da Ford (não sei porquê, mas ficava bem Ford Fúcsia), não é a última contratação romena do Sporting (avançado centro Fúcsia) nem uma ferramenta qualquer (Jorge, passa-me aí a chave de Fúcsia de 8 mm, por favor).

Fúcsia é uma cor reconhecida internacionalmente, como eu já descobri através de uma pesquisa na Wikipédia.

E o mais incrível foi a naturalidade com que a Maria me atirou com essa palavra à cara, perante a minha ignorância suprema!!

Porque a realidade é esta:
Os homens conseguem visualizar 3 ou 4 cores (os mais sensíveis ainda atingem a meia dúzia, se bem que não publicitem este facto para evitar insultos de índole sexual)!

As mulheres visualizam perto de 386 cores, insistindo que existem diferenças bastante perceptíveis entre o Magenta e o Violeta.

Nota: Os leitores escusam de começar a atirar piadas baixas sobre a minha masculinidade – Mais uma vez consultei a Wikipedia e escolhi duas cores que, para mim, são iguais, mas que a autora do artigo jura que são diferentes (é evidente que, neste caso, a informação foi publicada por uma mulher!!)

E esta diferença já está inscrita no material genético que separa o macho da fêmea desde os tempos primitivos.

Parece que eu estou a imaginar, no tempo das cavernas, a fêmea a dizer para o macho, que arrasta um leão acabadinho de ser morto:

“Ai José, a pele desse Leão é linda, vai dar um tapete novo para a entrada que vai matar de inveja as vizinhas das cavernas de cima. Tem um tom de azul bebé que condiz na perfeição com o azul celeste e o azul turquesa dos cobertores!!”

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